segunda-feira, 25 de julho de 2011

- Fundo sem pôço -















Me sinto sem rebôco.
Um edificio torto
Feito em tijolo crú;

Um santo do pau ôco
Sem manto e quase louco,
Tão morto quanto nú.

É como se eu fosse um fôsso
Ou um fundo sem pôço,
Um fim sem recomeço;

Navio em mar revolto
A navegar sem porto,
Sem rumo.. em desavesso.

Talvez eu seja um corpo
Que nem mereça um osso
Ou alma que alí se ponha;

Me sinto como um rosto
Ferido por um soco..
E rubro de vergonha.

Autor: Sandro Augusto

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